pedromurilo.arq.br
30.10.06
  Exercitando a democracia...
...

Aperte o 0, aperte o 0 e confirme... 
24.10.06
  For a change... "Hello darkness, my old friend
I've come to talk with you again
Because a vision softly creeping
Left its seeds while I was sleeping
And the vision that was planted in my brain
Still remains
Within the sound of silence

In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone
'Neath the halo of a street lamp
I turned my collar to the cold and damp
When my eyes were stabbed by the flash of a neon light
That split the night
And touched the sound of silence

And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more
People talking without speaking
People hearing without listening
People writing songs that voices never share
And no one dared
Disturb the sound of silence

'Fools', said I, 'You do not know
Silence like a cancer grows
Hear my words that I might teach you
Take my arms that I might reach you'
But my words, like silent raindrops fell
And echoed
In the wells of silence

And the people bowed and prayed
To the neon god they made
And the sign flashed out its warning
In the words that it was forming
And the sign said, 'The words of the prophets are written on the subway walls
And tenement halls'
And whispered in the sounds of silence"


(The Sound of Silence | Simon & Garfunkel... Colocando na Antena 1 para fugir do "clássico comercial" da Kiss.) 
23.10.06
  Les Douze Travaux d'un Architecte A semana passada e as aventuras de um futuro profissional.

Guichê A:

Segunda-feira, às 16:00, recebo uma mensagem do Daniel, no meio de uma reunião no CPC, dizendo: "Hoje é dia de CREA... Você não vem não?". Àqueles que não sabem, explico: O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA... Não sei porque não tem dois A´s) é o órgão responsável pelo registro profissional do arquiteto no Brasil. Basicamente sem esse número ninguém trabalha, ou melhor, ninguém assina nada, porque trabalho é sempre relativo!... Bem, eles fazem o favor de ir à faculdade e recolher dos prováveis formandos do semestre (prováveis, porque sempre pode acontecer alguma coisa pelo caminho...) os documentos necessários para tal registro, num formato provisório. Assim, quando já tivermos apresentado nossos TFG´s, na colação de grau já saímos "registrados" e aptos para o mundo profissional (!) - como se ainda não tivéssemos - devendo apenas quando sair o diploma, efetuar a confirmação.

Enfim, acontece que aqueles que atualmente visitam a faculdade a cada mês mais ou menos por causa justamente do TFG, têm de se sujeitar a ficar sabendo das coisas por e-mail da seção de alunos da FAU - ou seria serviço de graduação (?). Ou seja, não funciona, como sempre: perdi a data e o horário em que o funcionário estaria na FAU para fazer a coleta da documentação, pelo esquecimento da existência de um e-mail prolixo... Passado o desespero e a "raiva" do Daniel por ter honestamente me lembrado (podia ter passado em branco, é bem verdade...), finda a reunião no CPC, corro para terminar um trabalho (que falarei em breve) na própria segunda, entrego-o na terça junto com outras atividades, ao mesmo tempo que passo a correr definitivamente atrás do funcionário que foi na FAU naquele dia para ver se conseguia fazer alguma coisa para compensar a situação... afinal, não parecia ainda o fim do mundo.

Guichê B:

Na mesma segunda, à noite, ligo pra Paula e pro Ros para me darem notícias sobre o dia do funcionário, inclusive contando das peripécias da Dé em sair mais cedo do estágio para estar na FAU das 14:00 às 16:30...Eta horário besta! Bem, o Ros consegue me passar um telefone. Ao mesmo tempo, no mesmo dia, mando um e-mail para o "seviço de graduação" da FAU e peço informações sobre como entrar em contato com o funcionário, diretamente. Na terça-feira de manhã, recebo um e-mail seco:

"Voce deverá procurar diretamente o crea.
consulte o telefone 38166522 ramal 397 ( falar com ISMAEL)
SGr."


Resolvo então ligar nos dois telefones obtidos. Primeiro o que me foi passado pelo Ros. Após a mocinha (ou seria velhinha) burocrática ouvir o que eu queria (entrar em contato com o funcionário que foi na FAU) ela diz: "Olha, o CREA possui uma Central de Atendimento no 0800-171811 e lá eles podem te informar melhor"... Ok. Convenientíssimo. Acho que ela deveria estar indo tomar café... Resolvo então ligar no "Ismael"... Nada. "Telesp informa: este telefone está temporariamente fora de serviço."... No 0800, atende uma garota-telemarketing. Após a explicação da situação, barulho de teclado. E a voz completa: "Agora só com o diploma... Algo mais? O CREA agradece a sua ligação"... (?????). Vencido pela tecnocracia.

O novo formulário A-39... e não A-38:

Deixo rolar a terça e a quarta, pensando que até seria melhor mesmo tirar o registro com o diploma... Os fantasmas me dizendo que ele poderia demorar mais de ano para ficar pronto após minha formação começaram a atiçar as caraminholas da minha cabeça... Quinta eu resolvo fazer alguma coisa. Resolvi entrar no site e conseguir o telefone da recepção e tentar arranjar um telefone alternativo para falar com o funcionário... Embora tivesse ligado para o CREA da sub-seção Oeste e a secretária que atendeu demorasse para entender que era um Ismael com I e não E, fui transferido novamente para a seção Centro já que era lá onde esse funcionário - que a própria seção de alunos me indicou - trabalhava.

É uma pessoa chamada Vera quem atende. E infinitamente mais simpática que todas as pessoas com quem eu já havia falado. "O Ismael está fora da sala... Mas é só com ele?"... Ao explicar minha situação, finalmente ela me diz que sim, ainda daria para eu entregar os documentos, "sem problemas... com o diploma depois da colação vai demorar muito! E também... a gente pegou isso foi só na segunda-feira!".

Ufa! A diferença em falar com alguma pessoa prática é brutal! Ela, porém, não sabia em que sexta eles iam fechar o prazo da coleta de documentos nas faculdades, se dia 20 ou 27, e que eu deveria tratar isso com Agnaldo, da seção Oeste mesmo já que a minha faculdade ficava na Zona Oeste (É, só o povo da FAU não sabe disso!)... Ok. Apesar do retorno ao princípio da ligação, pelo menos consegui muitas e melhores certezas...

Enfim, a ruína:

Ligo para o telefone que a Vera me passou. Atende um certo Leonardo. A mesma história: "O Agnaldo não está na sala... É só com ele?"... Dessa vez, conto da conversa com a Vera e já pergunto o prazo para entrar no bolo de registros provisórios... "É até essa sexta... Ah. Peraí que o Agnaldo voltou!". Escuto um murmúrio de pessoas falando sobre mim. Atende o Agnaldo. Tão simpático quanto a Vera. "Oi Pedro. Você é de onde? Da FAU? Pode vir aqui e deixar esses documentos amanhã... Sabe quais são?" - e eu os digo - "Perfeito. Vem na parte da tarde que eu deixo até a recepção avisada e a gente resolve isso...". Eba! Pulos de alegria!...

Sexta fui ao CREA no Largo da Batata no horário combinado, às 13h e havia uma fila razoável nas baias de atendimento. Vou direto à recepção e o próprio Agnaldo me atende. "Ah. Você é o Pedro. Senta aqui que é rápido. É só preencher o envelope que eu vou autenticando as cópias dos seus documentos..." Em 5 minutos, estava tudo certo:

"O boleto com o pagamento da taxa vai junto com a carteira para conferência. Você quer saber a data em que nós voltaremos lá na sua faculdade? Não sou eu que vou, mas..."
"Ah. Sim, não dá pra confiar em e-mail..."
"27 de novembro... talvez no mesmo horário."
"Ok. Assim fica agendado. Muito obrigado!"


E contorno a esquina da Teodoro Sampaio com a Brigadeiro tendo o mesmo rosto do Asterix deixando para trás uma pilha de escombros... 
13.10.06
  The Monk way of life Dia de arrumação hoje... Momento de reorganizar as personalidades do meu quarto (novo, espólio do meu irmão, com varanda e banheiro dentro) e de muitas outras coisas chatas. E o lema foi evitar confrontos diretos, pelo menos com os livros...


Os livros "grandes" de arquitetura. Porto e similares à esquerda. Bia Kühl fazendo parzinho com o Lemos e o Benévolo. E o Saia bem longe de todos eles!


A prateleira de arquitetura. A Choay está bem longe da Architecture Now!... E uma exceção: fiz questão de pôr a Regina ao lado do Katinsky...


Partituras. Beethoven e Jobim, principalmente. Chico, a nova aquisição. O Ministro Gil só está aí pelo formato do livro... Aliás, songbook que eu ganhei numa rifa da escola de música...


A seção bizarra. Literatura, filosofia, história, culinária portuguesa, I Ching e Mafalda!

Bom, chega de bobagem. Deixa eu ir agora caçar uma textura de granito apicoado. 
10.10.06
  Occitania... "Que de soun rentre fa jardi, a pas besoun de medeci"
(Provérbio Occitano)


Transliterando:

Quem de seu ventre faz um jardim, não precisa de medicina...

Em português soa muito mal, mas o site é bonito: Vins de Languedoc 
8.10.06
  Divagando... "Porto calmo de abrigo
Um futuro maior
Inda não está perdido
No presente temor

Não faz muito sentido
Não esperar o melhor
Vem dar novo ao saído
A promessa trilhou

Quando avistei
Ao longe o mar
Ali fiquei
Parada a olhar

Sim eu canto à vontade
Canto até o despertar
E a abraçando a saudade
Canto o tempo a passar

Quando avistei
Ao longe o mar
Sem querer deixei-
'-me ali ficar"

(Madredeus | Ao longe o mar, a versão de ouvido...)

"
Porto calmo de abrigo
Um futuro maior
Inda não está perdido
No presente temor

Não faz muito sentido
Não esperar o melhor
Vem da névoa saindo
A promessa anterior

Quando avistei
Ao longe o mar
Ali fiquei
Parada a olhar

Sim eu canto à vontade
Canto o teu despertar
E a abraçando a saudade
Canto o tempo a passar

Quando avistei
Ao longe o mar
Sem querer deixei-
´-me ali ficar"

(Madredeus | Ao longe o mar, a versão cantada realmente...)


A língua é realmente uma coisa impressionante. Ainda mais quando é a mesma. Sim, vou falar de Portugal mais uma vez. Até eu já estou cansado dessa lusoteimosia nas coisas que eu faço e escrevo, mas quando eu tento me afastar parece que tudo meio que volta com mais força... Então o jeito é aceitar mesmo. Vocês que lidem com isso!...

Esses dias voltei a pôr Madredeus a tocar na Mafalda. Mas dessa vez o Electrónico, uma coisa mais arquitetês contemporâneo... Arquitetês, isso parece frase da Thábata... Bem, paralelos desconexos à parte, o fato que eu gostaria de comentar é como a gente realmente só escuta aquilo que quer, ou o que precisa.

Uma música, em especial, voltava muito à minha cabeça, sempre que a ouvia. Faixa 10, Ao longe mar. A Teresa Salgueiro canta no princípio, como a música em sua versão original "acústica" e depois o remix se desdobra, baseado apenas na reprodução harmônica.

Bem, o que eu ouvia, nunca era o mesmo sempre. As músicas do Madredeus sempre tiveram um pouco disso, pra mim. Exceto no primeiro disco, Os Dias da Madredeus, em que parece que a Teresa canta de um jeito mais aberto (e também menos maduro musicalmente, com algumas desafinações), eu nunca consegui entender a poesia cantada plenamente. Sempre faltava uma ou outra palavrinha. Quando estive em Portugal, a coisa melhorou, obviamente, mas agora, pela talvez falta de prática, ainda que algumas coisas acabaram sendo incorporadas, percebi que tenho perdido meu entendimento do "sotaque"...

Paralelamente, no curso de filosofia que frequento às sextas à noite, ou seja, ontem, iniciamos a prometida discussão sobre filosofia oriental, principalmente falando de Laozi e tendo o Tao Te Ching nas mãos como tema. E os diálogos evoluíram ao ponto de eu me lembrar novamente da música, principalmente após ter sido colocado o tema da contemplação como forma tanto de estímulo à busca, ao caminho, e a união com o Universo, com "Deus", e, por assim dizer, o Tao. Era como se um grande mar aparecesse. E se tranformasse em milhões de coisas. Ou apenas dez mil delas... Não sei. Subjetivo demais pra explicar. De repente, parece que a música que eu entendia passou a fazer um pouco de sentido e a recuperei de memória, totalmente interiorizada. Acho que quem me conhece talvez me entenda...

Quando cheguei em casa, peguei o encarte do CD. Algumas palavras que davam o sentido à minha interpretação do poema, caíram por terra. E, na verdade, outra letra apareceu... complementar. Criei, por fim, duas músicas, duas leituras: a efetivamente lida e a entendida; a original e a apreendida. Numa extrapolação, a arte exterior e a interior. As duas fazendo parte de mim mesmo, necessariamente. E não havia nenhuma que estivesse errada. Apenas tinham modos diferentes de se expressar. E isso me pareceu tão oriental e tão português ao mesmo tempo... Una, como o Tao, tentando encontrar sua razão por cá.

Enfim, como encontrar o meio daquilo que tem apenas princípio e fim, senão vivenciando-os?


Capela de Nosso Senhor da Pedra, Praia de Miramar, Vila Nova de Gaia, Portugal, 2005. 
2.10.06
  My Best Friend Wedding... "E aí, Dan, tô bonito?"
"Tá... Mas arruma o cabelo!"
"Mas eu já arrumei!"
"Deixa ele, Dan... Tem que aproveitar enquanto tem!"



A foto do fotógrafo... Todo casamento tem uma, só muda a igreja.

Sábado foi dia de festa. Meu irmão Danilo casou... Finalmente, depois de 11 anos de enrolação. Sim, 11 anos. Tanto que a Karla já era até de casa pra eu andar de chinelão e pijama por aí...

Significado para isso? Não sei. Posso falar de muitas coisas: da Igreja da Santíssima Virgem, de São Bernardo, bonita; da astrofísica de Vênus entrando em Libra nesse dia, astrologicamente bom para uniões; da chuva e da "culpa" pela noiva ter "comido na panela" (nem eu entendo essa); do como fez diferença pra algumas pessoas alguns quilos de pêlo a menos na cara e na cabeça depois de meses sem eu passar perto de alguma tesoura; dos comentários de familiares (avós, principalmente) dizendo que eu era "o próximo"... ok, vai sonhando; até mesmo do tempo que eu, meu irmão, minha tia e meu tio ficamos ali atrás na Sacristia presos por achar que seria rapidinho assinar o que nos era pedido por sermos padrinhos quando um outro casamento começou...

Mas, o que eu sinto de fato é que é engraçado ver meu irmão casando... Primeiro porque ele se comportou como só ele: um pouco nervoso e bastante tímido aos holofotes. E nesse aspecto, a Karla era assim tanto quanto ele... Talvez por isso, mesmo sendo um "padrinho-step" da noiva, gostei muito pela coragem que eu sei que eles precisaram. O ritual deve ter tido muito significado pra eles... Agora é esperar que eles continuem aparecendo aos domingos pra almoçar... Quem sabe com os netos que minha mãe tanto quer.

Felicidades aos noivos, do cunhadinho/irmãozinho-salame...


"Você tem certeza disso? Pode perguntar?"


Danilo, Daniel (sobrinho da Karla) e Karla. 
pequeno muro de pedra, ou pedra de pequeno muro, depende apenas do estado de espírito.

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Pequeno muro de pedra ou pedra de pequeno muro, depende apenas do estado de espírito.

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