Um feliz aniversário
Finalmente, a foto saiu. (mas ainda teve que ser "photoshopada"). Da esquerda para a direita: Letícia, Ana, Carol, Aline e eu, o único barbudo (ainda bem!)Adulto sabe quando está estressado quando é convidado de última hora ao aniversário de uma amiga e a única coisa que se fala no bar é "do quanto éramos felizes". Sábado, antes de ir à uma quermesse comer milho verde, (sim, essa é uma das vantagens de se morar no "interior" quando o período das festas juninas começa) recebi uma mensagem da Aline pelo
orkut - sim, ela aprendeu comigo e esqueceu completamente do telefone - dizendo que estava indo num bar comemorar seu aniversário. E a Aline é aquela amiga cujo convite é irrecusável. Nos conhecemos desde os tempos em que nossa única e maior ambição era ir bem numa prova de estudos sociais...
Entre milhares de exemplos de causos, pessoas e outras lembranças escolares permeadas por muitas gargalhadas, me lembrei desse sentimento de estabilidade, das coisas que pareciam eternas. E vi como o nosso contato é sempre a partir dessas lembranças, ainda que possuindo um certo vazio pela distância (talvez por minha culpa). A atualidade é sempre através de informações - carregadas de uma exagerada simplicidade - de nossas profissões atuais, nossas "especializações", nossos setores sociais que pouco têm a ver com a vida do outro. Mesmo assim, - e isso eu aprendi com um grupo de amigos portugueses - esses encontros são sempre uma forma de nos fortalecer para viver o presente que escolhemos.
Apesar de uma pequena alegria, confesso que estou meio melancólico. Cansado mesmo, e talvez até com um certo medo. Mas diversas vezes me considerei cansado e tive de enfrentar algumas coisas que caíram do céu sem eu prever. E, nessas horas, não se pode haver tempo para o medo. A coisa boa é que, dessa vez, parece que eu as estou prevendo, ou, até mesmo, as construindo. E, de fato, isso torna tudo positivo... mesmo que a gente tenha que ceder um pouco e aceitar de vez as coisas como são.
Eu e minha irmã mais velha.