pedromurilo.arq.br
28.12.05
  Epílogo "Não, o melhor é não falares, não explicares coisa alguma. Tudo agora está suspenso. Nada agüenta mais nada. E sabe Deus o que é que desencadeia as catástrofes, o que é que derruba um castelo de cartas! Não se sabe... Umas vezes passa uma avalanche e não morre uma mosca... Outras vezes senta uma mosca e desaba uma cidade."

(Mario Quintana)


Feliz Ano Novo a todos e até 2006. 
22.12.05
  Tanto aqui como em Paris
A Catedral de Reims, antes e depois do desenho...

Aconteceu uma coisa muito boa esses dias no meu e-mail que vai me fazer retomar meus "relatórios de viagem". E foi o seguinte:

"Bonjour,

Le journal l'union m'a remis votre mail du 17 novembre dernier : je suis désolée de ne pas y avoir répondu plus tôt : mais je suis toujours débordée!

C'est gentil à vous de vous souvenir de notre conversation. Moi non plus je ne vous ai pas oublié.

Donnez-moi votre adresse et je vous enverrai la coupure du journal vous concernant.

Où en êtes-vous de vos études ?

Je vous souhaite un très joyeux Noël.

Amitiés
Thérèse Delesalle"


Dia 11 de julho, conforme combinado com a Inês, a Ana e o Arthur - e porque eu já estava de férias e eles ainda não - peguei o trem do Porto para Coimbra e de lá para Paris, com parada às 7:00 no Sul da França. Uma cansativa viagem, num trem noturno (como sempre esquisitíssimo) que passa pelo norte da Espanha e que só chega à Paris às 14:00 do dia 12 - que ainda não era meu destino final. O fato de já a ter visitado deu uma margem para fazer outras coisas... Cheguei às 14:00 na Gare Montparnasse e peguei o trem para Reims às 16:00 na Gare de l´Est. Ia visitar a Catedral e as caves de Champagne, antes de voltar a Paris no dia 13 à tarde e encontrar a Manuela, tia brasileira da Inês, ou a Lurdes, tia portuguesa da Inês (até aquele momento ainda não sabia ao certo... Ela ainda ia me mandar uma mensagem no "telemóvel"). Isso para finalmente esperar a chegada dos três no dia 16.

Reservei uma cama no albergue de Reims pela internet e lá fui. Cheguei às 17:30 e deixei as malas... Quase 24 horas viajando pra pagar pouquinho, como sempre. A cidade, apesar de bonita, estava já meio deserta, exceto em alguns pontos no centro. Era bastante curioso o movimento. Às 17:00 tudo fechava numa parte da cidade, onde ficavam as lojas, para abrir tudo numa rua próxima, onde ficavam muitos, mas muitos restaurantes... Bem, não comi em nenhum deles, obviamente. Tratei de achar um supermercadinho aberto...

Às 18:30, fui à Catedral, mas não entrei porque logo ia fechar, às 19:00. Ia deixar para fazer isso de manhã, quando ia aproveitar para subir na torre. Sentei no chão da praça bem em frente, tirei a primeira foto e comecei a desenhá-la com rabiscos de caneta esferográfica numa das páginas do meu caderno... Eis que se aproxima uma senhora, não muito nova, mas também não muito velha, loira, portando uma máquina fotográfica, perguntando se poderia atrapalhar um pouco... Eu já havia começado a pensar em francês novamente depois que o bilheteiro do trem achou que eu era um deles por estar vestindo coincidentemente uma camisa da Lacoste. Dessa vez acabou por ser a grande oportunidade.

Ela se apresentou como jornalista. Ficou curiosa por me ver sentado no chão, quase no meio da rua, desenhando algumas proporções. Conversamos bastante e eu contei a história da minha vida, praticamente. Uma versão resumida do blog, digamos... Ela inclusive achou que eu estava estudando em Bordeaux, por não ter entendido que, na verdade, eu estava estudando era em "Portô"... Por fim, segundo ela, eu ia virar "O Turista da Semana", na coluna que ela possuía "num jornal local" e pediu se podia tirar algumas fotos de mim. Fiquei surpreso. Estava meio cansado, mas achei o máximo. Posei como se estivesse na Revista Caras... "Pedro Murilo passa férias no interior da França!"... hahaha.

Um erro apenas. E Crasso. Não peguei o nome dela, nem o jornal, nem nada... Mês passado, lembrei-me do ocorrido, cacei qualquer coisa em páginas sobre Reims e mandei um e-mail ao jornal l´Union, relatando o fato supondo ser esse o jornal em que ela trabalhava... Quando chegar a "coupure" aqui em casa, quase como presente de Natal, eu confirmo...

Ah. E como ela me desejou, um joyeux Noël à todos também! 
19.12.05
  Parque D. Pedro Ficar gripado é um saco. Ficar gripado em dia de calor é quase como levar uma bolada no referido. Você vai se sentindo sufocado, dolorido e sem vontade pra nada. Engraçado porque eu já esperava... Fui vendo o vírus meio que se alastrando em diversas pessoas minimamente próximas e nem dei por isso... Esperei e não fiz nada. Mas essa não é a explicação para ter me "ausentado" nos últimos 10 dias. Foi preguicite mesmo. Misturada com fim de semestre e início (ainda que parcial) das férias. Isso porque ainda tem o estágio que vai continuar firme em janeiro. Enfim, melhor ficar logo gripado pra não chorar depois...

Sábado teve amigo secreto com o pessoal do Núcleo. Como sempre, eu não curto muito dar DVDs ou CDs, a não ser que seja obviamente a cara da pessoa, ou ela peça. Como não era caso nem pra um, nem pra outro, a minha pretensão resolveu dar uma foto. Minha. Emoldurada. Isso pra aproveitar esse momento Kodak na minha vida (ano que vem pode ser que eu volte aos experimentos com aquarela de nanquim, nunca se sabe). Mas a foto que eu queria dar ainda estava na máquina, esperando gastar o filme pra ser revelada...

Com a semana toda ocupada, eis que surge uma brechinha no espaço-tempo. Quinta aproveitei o dia sem a Regina (gripada, por sinal) pra terminar o trabalho logo, sair mais cedo, e aproveitar a tarde. Os momentos de sol esturricante alternados com céus completamente nublados e bafos quentes de fuligem de caminhões desregulados dão o tom do dia e das fotos que fui fazer. A idéia era registrar as imagens que diversas vezes apareciam enquanto estava dirigindo o carro entre meu caminho do CPC até em casa. Mas, tirar fotos assim, nesse esquema multi-tarefa, é complicado. Parei o carro numa rua próxima ao Parque D. Pedro e comecei a andar por ali, como um turista fotografando o anti-cartão-postal de São Paulo. Subi os viadutos, me inclinei nas proteções de concreto, comprei uma garrafa de água por 1 real e não fui assaltado!... Embora alguns momentos, nessa nossa alucinação coletiva, eu até pensei que seria.


Edifício São Vito.


Radial Leste.


Equilibrista Urbano.


Muita fuligem.

Ah. E quanto à foto que eu acabei dando ao meu amigo secreto foi um pôr-do-sol no Museu do Ipiranga, no dia da "Virada Cultural"... Foi um presente "auto-promovente" mesmo, Thábata, mas ir atrás das idéias mirabolantes é melhor do que ficar em casa coçando... Mesmo que a gente tenha que explicar o lado certo da foto:


Inesperada fênix. 
9.12.05
  Piada de engenheiro, que eu ouvi esses dias: "Mulher na Poli só tem duas: a seno e a cosseno. Isso porque tem que elevar ao quadrado e somar pra chegar a uma..."

Sacaram? 
6.12.05
  Um bom fim Tenho percebido que os fins de tarde têm me irritado um pouco. Mas sempre acontece alguma coisa diferente pra reverter algum sentimento como o cansaço inesperado, do tipo que desce de repente e contamina qualquer vontade de fazer qualquer coisa. E especialmente nesse fim de semestre, ele têm aparecido com mais freqüência, principalmente quando o trabalho que a gente imaginava acabado, "ainda falta algumas coisinhas" e vai precisar de "uma folha padrão". E ainda se ela fosse bonitinha, mas é feia como o diabo. O Barossi que nos desculpe, mas não... Não vamos usá-la, não...

Hoje, depois de discutir algumas coisas com a Thábata sobre o trabalho e ela ter ido embora às 17:30, esse cansaço apareceu de repente. Mesmo assim, decidi esperar pra voltar pra casa às 20:00, quando posso cruzar a cidade com um pouco menos de caos em direção à minha casa. Em vez de ficar no trânsito parado, às vezes até compensa ficar mais um tempinho na faculdade olhando e-mails... Acontece que eu tenho percebido que muita gente anda tendo a mesma idéia e acaba não sendo tão vantajoso assim.

Eis que apareceu a Dé e acabamos batendo um papo e mostrando fotos que ela ainda não tinha visto.


Igreja do Bonfim, ao fundo. Porto, Portugal, agosto 2005.

Essa foi minha última foto tirada no Porto, quando fui visitar a Igreja do Bonfim, do lado da cidade em que não estava acostumado a passar sempre. Nesse mesmo dia, tentei encontrar o artesão de quem comprei uns azulejinhos pintados à mão numa feira no Palácio pra levar de presente a mais pessoas... Sem sucesso. Fiquei com a foto mesmo.

Conversamos sobre o Porto, sobre estágios, sobre as idéias para os respectivos TFG´s, sobre o futuro profissional, e acabamos por ir tomar café no IME. Mesmo eu me sentindo com uma certa melancolia, até que o cansaço foi embora. Como na segunda-feira, em que acabei fazendo-o sumir estranhamente infiltrando-me numa aula de kung fu anterior à minha aula de tai chi, com a gentileza da Simoo.

Ainda que plenamente justificáveis, lembrei que certos "cansaços" são apenas psicológicos, uma espécie de desculpa para não mergulhar de cabeça naquilo que está logo adiante. Vale desde uma pequena alteração num trabalho, um TFG que pode ser um sonho inalcançável ou até um ano inteiro de intercâmbio. E só quem os enfrenta acaba tendo histórias pra contar.

Assim, mesmo às 20:30 ainda peguei trânsito na Avenida dos Bandeirantes... 
4.12.05
  Faumigos???
(...)

Depois do anúncio do blog da Paula, vulgo, Politas, ou ainda, (quando não toma o Gardenal), Wandergleusa de Jesus, realmente pude ver uma coisa que havia planejado faz tempo e que nunca tinha dado certo, o blog dos faumigos, a arranhar alguns passos. Ele sempre será uma referência porque foi a primeira tentativa de entrar pra esse mundinho.

Nossa panelinha surgiu na FAU, no primeiro ano. Contração de FAU e amigos, os faumigos era pra ser apenas um login a um grupo do e-groups (depois vendido para o yahoo), daqueles que aglutinam e distribuem e-mails de modo a todos os membros poderem se comunicar mutuamente. Mas, na nossa magnanimidade, acabou tornando-se um rótulo. Cresceu, encolheu, se subdividiu, desenvolveu panelinhas internas, brigou, viajou, ganhando até ares de exclusivo... mas tudo sempre com essa marca registrada: Faumigo Secreto, Faumigos Europe Tour 2002, Faumigos in Acapulco, Faumigos isso, Faumigos aquilo...

O Faumigos Blog foi a última cartada de buscar alguma união contra o fatídico e gradual fim de curso na FAU, que tranformou o contato entre algumas pessoas algo mensal, semestral, ou até mesmo, anual... Agora, ele recussita a passos de tartaruga, por uma estranha iniciativa coletiva, ainda que desvinculado de um rótulo claro. Parece um recomeço do contato entre alguns "sobreviventes", em crise, talvez?

Enfim, quando é que vai rolar o amigo secreto com os 3 participantes confirmados, mesmo? 
pequeno muro de pedra, ou pedra de pequeno muro, depende apenas do estado de espírito.

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Pequeno muro de pedra ou pedra de pequeno muro, depende apenas do estado de espírito.

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