pedromurilo.arq.br
21.7.05
  Couve de Bruxelas Atualização rápida, em teclado bizarro, direto de Bruxelas. Já foram Reims, Épernay, Paris, Brugge, Gent e agora Bruxelas, em pleno feriado nacional da Independência... Sábado chegamos em Amsterdam...

Sinal de vida é bom de vez em quando... Caixa cheia e internet cara são os felizes sintomas de uma bela viagem!

Abraços. 
10.7.05
  Outros carnavais
Lazarim, Carnaval 2005.

A comparação é inevitável. Estou me lembrando daquela vontade de fugir de tudo aquilo que se refere à escolas de samba, sambas-enredo, calor sufocante, propagandas-de-cerveja-com-mulheres-rebolando-em-cenas-de-bar, a falta de inventividade dos marqueteiros das cervejas concorrentes, desfile na TV pela madrugada adentro. Lembro-me principalmente do ano passado em que eu, o Pita, a Paula e o Paulo, resolvemos ir pra Campos do Jordão por esses dias, no albergue da juventude da Abernéssia. Ainda que não estivesse propriamente frio, choveu sempre e até parecia que estávamos mesmo em outro mundo. Claro, ainda assim, o poder da TV em atingir as massas foi maior e assistimos um pouquinho dos desfiles no quarto do albergue.

Mas nunca poderia imaginar que veria um carnaval como esse.


A aldeia e os caretos.

Lazarim era a segunda (e última) aldeia - a outra, ligeiramente maior, era Lalim - de uma bifurcação de uma estrada secundária a Lamego, segunda maior cidade da região das vinhas do Douro. A idéia de ir para lá foi do Leonel, amigo da Inês e fotógrafo do Jornal de Notícias para uma reportagem. Um carnaval tradicional de caretos, máscaras de madeira confeccionadas pelo povo da aldeia, essa formada, basicamente, por um punhado de casas de pedra. Num pequeno palco montado no seu centro, coincidentemente, o fim da própria estrada que levava a ele, o presidente da junta anunciava as festividades e controlava a festa à sua maneira. Inclusive, fui convidado para ser jurado do concurso que haveria após o cortejo... A Inês tirou foto da coisa toda, já que eu fiquei um tempo lá, no tal palco. Mas ainda não as tenho aqui.

Era tudo muito estranho e ao mesmo tempo curiosíssimo. Em princípio, pela escala do lugar, absolutamente pequena, muito pequena. E, tudo parecia ter uma espécie de ritual. Não tinha muito de antigo, é bem verdade que parecia já bastante contaminado por uma certa "modernidade", e que grande parte da "tradição celta" que se atribuía as festas eu olhava com uma certa desconfiança. Mas não deixava de ter algum pé na tradição e no popular. Como todo carnaval deve ser, com sambas-enredo, ou não.

Já não me lembro muita coisa, é verdade. Deixo as imagens falarem por si.


A aldeia ao pé da Serra de Montemuro e o ensaio dos que iam ler os testamentos.


Mais caretos, a banda do cortejo, e a feijoada pública.

PS: Vou viajar amanhã. Comprei um passe de Interrail por Portugal, Espanha, França e Benelux. Volto só em agosto ao Porto pra arrumar as malas de vez. Talvez eu publique qualquer notícia. Mas, em todo caso fica o aviso. Abraços. 
6.7.05
  Chaves
Quando o desenho das ruas pode ser lido nos beirais das casas.

Vou voltar aos pequenos relatórios. Mas por breves momentos. Explica-se. As fotos que se vêem de Chaves são, pela primeira vez, minhas. Sim. Até então, pelo fato de não ter uma máquina digital aqui comigo, sempre cacei as fotos de alguém pelas viagens. A grande maioria é da Ana pra falar a verdade. Apenas a edição no Photoshop e o crop tem a minha assinatura para a adaptação aqui. Curioso, resolvi aleatoriamente revelar alguns dos rolos de viagem que eu tenho através de um sistema de revelação na Fnac que, ao invés de imprimir as fotos em papel fotográfico convencional, o rolo é já digitalizado. Além de sair mais barato (6 rolos foram 20€), posso ver as fotos, economizo no peso da mala de viagem e ainda tenho o rolo para fazer uma cópia das imagens que eu gostar. As que não gostar, ainda há Photoshop que salve...

Saíram, nessa leva de "testes" para ver se o sistema funcionava mesmo, muitas fotos da Espanha. Mas essas preciso organizar porque ainda faltam algumas. Enquanto isso, deixo a curiosidade. Fiquei mais contente porque saiu parte da viagem que fiz em fevereiro aos Trás-os-Montes, mais precisamente Bragança, Vila Real e Chaves, nos três dias sem aulas para avaliações após o Carnaval. 300km de ônibus até lá, 150km até Vila Real, 100km até Chaves e mais 250km para voltar, numa vaga de calor fantástica em que chegou a fazer 22ºC em pleno inverno trasmontano.


O forte e a ponte sobre o Rio Tâmega.

Apesar de até então só ter conseguido ver as fotos de Chaves, foi com ela que fiquei mais impressionado, curiosamente. Bragança, capital regional, tem fama pela cidadela, mas não é lá muito bonita. Precisa de cuidados para conter o seu "palimpsesto", como bem define Nuno Portas. No entanto, ao fim da pequena viagem, Chaves impressionou pela beleza discreta do casario medieval e da mistura das alterações do século XIX com a fundação romana de origem. Corruptela de Acqua Flaviae, entreposto romano na estrada de Braccara Augusta(Braga) à Asturica Augusta(Astorga), é atravessada pelo mesmo rio que Amarante. Aqui me pareceu mais calmo, exceto pelo cão que insistia em latir do meu lado, numa casa, quando parei para fazer um piquenique de bolachas de água-e-sal com patê de atum...

Quando tiver mais fotos, prometo que ponho aqui. Mas vai dando alguma pena porque parece que Portugal já está ficando para trás...


Ponte sobre o Rio Tâmega e o limite da cidade.


Forte São Neufel, a norte. 
1.7.05
  Liberália
O coro da faculdade de arquitetura...

Arranjei algumas fotos do dia da "Liberália", a apresentação do coro da faculdade de arquitetura, que foi bem divertida. Tem umas muito engraçadas em que a gente aparece com a boca aberta, mas que, infelizmente, eu não posso divulgar para o mundo, assim... Fica um pequeno registro. Vou tentar identificar alguns, inclusive a platéia ilustre.

Bom, em princípio dá pra me ver ali, na ponta esquerda da senóide das vozes masculinas. Ao centro, o quinto no eixo X marcado pelo lambrim do auditório está o Prof. António Madureira, de Construção. Não vou tecer nenhum comentário se ele canta bem ou não (!), mas que ele é um ótimo mestre de cerimônias, isso é. A apresentação tinha dois momentos, de números pessoais e, em seguida, o coro, e ele tratou de apresentar as pessoas. Inclusive, já tratou de anunciar o desejo de se comprar um piano, que faz muita falta.

Na ponta esquerda, finalmente coloco aqui uma foto da Anne para que vocês a conheçam. Ela está ali, com o lenço voltado pra frente. Foi ela que me convenceu a vir cantar depois que o coro da faculdade de arquitetura foi criado em setembro, como resultado do espólio do coro da faculdade de ciências, extinto. Ao lado dela está a Malin, sueca, que quando canta alguma música tradicional, deixa todos boquiabertos. Atrás, a Daniela, amiga da aula de Construção, cuja altura sempre condiciona o lugar no coro, assim como eu. Mais pra direita, a única de blusa de alças está a Prof. Clara Vale, de Patologia. O link para o site dela está ali do lado. Mais para o centro, ruiva, está a Eduarda, amiga comum da Inês e da mãe dela. Mas, a mãe dela resolveu ficar em casa e não veio.

Passamos à platéia ilustre então. À esquerda, mais à frente de camisa cinza, o Prof. António Neves, da Turma F, de ProjeCto (sempre com C, claro!)... Dia seguinte, na aula, tinha que mostrar alguns desenhos a ele e não faltaram comentários... Na penúltima fila, os brasileiros em peso. Já comentei que o Porto recebe gente de todo a Europa e de muitas faculdades do Brasil, não? Então, começando pelas duas conversando ali no canto: a Renata de Campinas, e a Flávia do Rio. Logo depois o Felipe de Fortaleza, a Roberta de Recife, a Camila e o Igor, também do Rio, e Leo Bahia... Bem, da Bahia, ou melhor, de Salvador. Seguindo a fila havia mais, mas infelizmente não apareceram na foto. Aliás, também não apareceram a Inês, a Ana e o Luís.

Dia 10, às 16:00, vamos nos apresentar na Concha Acústica dos Jardins do Palácio de Cristal... E eu vou continuar "cantando em português"... Vai ser a última vez imagino, já que logo depois já vou viajar pra Paris, afinal, eu mereço curtir um pouco esse Velho Mundo. Quem não faria o mesmo? Enfim, o coro está lançado. E fiquei muito feliz de ter participado disso tudo. Aliás, aproveitei para aprender bem o sotaque nas músicas e sair imitando quando voltar depois... hahaha.


O momento dos comes, no Salão Nobre da faculdade, com os bebes em taças do Siza... 
pequeno muro de pedra, ou pedra de pequeno muro, depende apenas do estado de espírito.

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Pequeno muro de pedra ou pedra de pequeno muro, depende apenas do estado de espírito.

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